Planeta Júpiter é o ponto brilhante ao lado da Lua no registro feito em Bauru — Foto: Observatório de Astronomia da Unesp/ Divulgação
Quem teve a oportunidade de observar o céu na noite desta quarta-feira (22) com mais atenção pode perceber um ponto bem brilhante ao lado da Lua. Esse pequeno foco de luz era o planeta Júpiter. E durante o anoitecer houve os que astrônomos chamam de conjunção entre ele e a Lua.
O fenômeno foi registrado por uma equipe do Observatório de Astronomia da Unesp de Bauru. Segundo o professor de astronomia do observatório, Rodolfo Langhi, o “encontro” entre satélite natural da Terra e Júpiter não é tão raro, “mas trata-se de um espetáculo digno de ser observado e registrado”, afirma.
O registro foi feito de um estacionamento de um supermercado, onde a visão do horizonte na direção oeste foi privilegiada. (Veja mais fotos no fim da reportagem).
“As copas das árvores em torno do Observatório estão tão altas que estão impedindo as observações próximas ao horizonte. Então, temos que procurar locais alternativos na cidade para realizarmos nossos trabalhos”, explica o professor.
O planeta Vênus também pode ser observado na noite desta quarta-feira em Bauru — Foto: Observatório de Astronomia da Unesp/ Divulgação
A conjunção é o termo usado quando dois ou mais astros parecem estar próximos um do outro quando os observamos da Terra.
“Mas esta proximidade é apenas aparente, pois, de fato, na noite em que esta foto foi tirada, a Lua estava a uma distância de 368.000 km, ao passo que Júpiter estava a 854.419.000 km de nós. Apesar desta enorme diferença de distância, estavam aproximadamente na mesma linha de visão, conforme o nosso ponto de vista, o que fez parecer que estavam tendo um encontro celeste. Logo abaixo deles havia outro ponto brilhante: o planeta Vênus, popularmente conhecido como a “Estrela d´Alva”. Vênus estava a uma distância de 209.746.000 km da Terra”, conta Rodolfo.
“Costumamos fotografar eventos marcantes e especiais na nossa vida. Na astronomia, os fenômenos celestes costumam ser realmente especiais e muito raros. Por isso, temos interesse em registrá-los, tal como fizemos nesta conjunção”, completa.